sexta-feira, 11 de junho de 2010

cobardia em pessoa?


Uma confusão enaltece os pensamentos de alguém que se sente perdida, apetece-me seguir em frente acreditar que estou a seguir o caminho certo e que não dissertei sobre as minhas escolhas. Ignoro-me, ponho os meus pensamentos em silêncio, fecho os olhos e tento adormecer, não resulta tenho de ser eu mais uma vez. Digo que a minha vida está desarrumada porque hoje não arrumei o meu quarto, não fiz a cama, não limpei o pó nem tão pouco sacudi o tapete que é fruto da minha imaginação, os meus vestidos pedem ar, as minhas jóias pedem passeio, até o brinquedo das bolinhas de sabão hoje me fez sinal para o usar. Não sei explicar, sinto que estagnei neste espaço branco, selecto incapaz de me deixar ser activa. Não consigo explicar a ninguém o que estou a sentir, esta confusão não me diz nada, esta confusão limita-se a paralisar-me. Eu já me senti assim antes, não sei se era tão forte, mas era duro como esta a ser agora. Isolei-me sem querer, isto já fazia parte de mim quando queria pôr as ideias em dia sentava-me na sala escura e pensava dois minutos de pois não aguentava com tanto silêncio, sempre fui activa, dinâmica, eu queria era sentir-me útil e agora que o sou quero desistir de tudo, porquê? Já encerrei a página amigos, já encerrei as tintas no baú, já encerrei a psicologia positiva, encerrei a força, a crença, a vontade de querer mais, encerrei o livro, encerrei-me. Não suporto o sentimento designado por pena, não suporto que me vejam chorar, não suporto que me sintam triste, não suporto que me sintam incapaz, não suporto que façam de mim burra, não suporto ser traída, não suporto seres humanos sem escrúpulos, não suporto coitadinhos, não me suporto neste mesmo momento. Suporto a dor, suporto a morte, suporto a falta de amor, suporto quem me pisou outrora, suporto música ensurdecedoras e neste momento até me sinto capaz de suportar o barulho irritante das vovuzelas.

O que mais odeio em mim é este fracasso que sinto, já esteve longe e agora habita-me. Só me custa começar. Limitei um tempo, os dias voam e tudo continua igual, a vontade de desistir permanece, só quero ter coragem para me dirigir aqueles que sempre me apoiaram e estiveram do meu lado que DESISTO.

Isto nem devia ser estranho está a fazer dois anos que a mesma cobardia se apoderou de mim, e sai sem hesitar, larguei tudo e 'segui em frente'. Desiludi quem me apoiou, menti a mim mesma, mas nem isso me fez pesar a consciência. Fui fraca e jurei não voltar a sê-lo.

Não vou conseguir. Já está tudo planeado, pensado só falta escrever, ter força para isso, para quebrar. Quebrar a palavra. Sei que me vão julgar, de novo.

amar-te


AMAR-TE,

amar-te é deixar-te seguir em frente,
amar-te é deixar-te ser feliz ao lado de quem escolhes-te,
amar-te é chorar quando o meu coração bate aceleradamente,
amar-te é sorrir quando os teus olhos brilham, ao pensares nela.

AMAR-TE, é mais difícil que a matemática para mim(1+1 nunca foram 2). Amar-te é aceitar as tuas escolhas e querer seguir em frente na certeza porém, que tu longe de mim és feliz. Ver o teu sorriso, ver-te a olhar para mim, saber-te, isso é amar-te.

Já amei, já fui amada, não me amas mas fico feliz. O meu lado egoísta quer-te, o meu lado humano quer apenas que sejas feliz com as tuas escolhas sabendo que me tens sempre aqui. Amar-te não é impossível.

Amar-te é isto. Amar-te é aquilo. Amar-te é o meu coração a falar mais alto.