sexta-feira, 30 de julho de 2010

António Feio



''Se há coisa que eu costumo dizer é: -Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros, apreciem cada momento,agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer.''
Um até sempre e esta figura que se tornou num dos imortais da nossa nação, mais do que um actor um grande homem que não sabia o que era desistir. -''Tenho conseguido minimamente realizar os meus sonhos.'' - ''Tentar aproveitar bem o tempo que estamos por cá.''
Paz à sua alma.
António Feio 1954-2010


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Intra-rail



De baixo para cima:
7º, 8º e 9º dias: Portimão
6º dia: Tavira
5º dia: Oeiras
40 dia: Lisboa (capital)
3º dia: Abrantes
1º e 2º dias: Peniche- Areia Branca





aquilo que nunca ninguém repara...



As vezes eu gosto só de respirar
Sentir o ar fresco entrar e sair de dentro de mim
Há um poder neste ritual
O ar entra DENTRO de ti
Quanto mais profundo e devagar se inspira, mais a vida se apodera de quem respira como se fosse uma oração.
Eu sinto-me grata nesses momentos

Grata pelo simples facto de estar ali, naquele momento, reconhecendo num ''gesto'' tão simples uma beleza indescritível...

!Respira!




Dalto Roberto Medeiros


Cruze os dedos, feche os olhos e venha comigo, quem sabe o amor dirá que sim, que sempre esperava por nós aqui. (Dalto Roberto Medeiros)





Quem sabe se ainda é cedo para desistir. Quem sabe se ainda não apareceu apenas porque não. Quem sabe se apareceu e eu é que nãos quis ver, ou nem vi sem querer. Ás vez é assim o que é tão claro para os olhos é completamente alheio ao coração. Eu sei que já pude amar-te e recusei, que já quis que me amasses e não foi possível, mas a vida é mesmo assim nem sempre temos o que queremos, nem aquilo que nos quer nos pode ter. Já vi atitudes repentinas ditar um futuro diferente, já vi atitudes irreflectidas acabarem em nada, é precisamente nesses momentos que paro para pensar ''e se tivesse dito assim e não assim, se tivesse feito isto e não aquilo'', mas já é tarde de mais para remediar. O que está feito, está feito e vou viver com isso quer me faça feliz ou triste é assim que tem de ser, é assim que vai ser. Porra até parece, eu consigo qualquer coisa, basta querer. Ás vezes não é bem assim e eu que o diga, mas nunca me vi desistir à primeira tentativa, por isso luto por cada pedacinho de amor. Quando falo em amor é amor mesmo não é o sentimento que vejo marginalizado todos os dias e que dá para ver a olho nu. Por isso se ainda não desisti, é porque acredito. E se acredito ainda vou ter a sorte de encontrar-TE. Sejas tu quem fores,hei-de saber reconhecer-te desde o primeiro instante, e se não for do primeiro ha-se der do segundo terceiro e por aí fora. Ele já apareceu este sentimento que tanto preso eu é que ainda não o soube ver. Esqueci-me dos meus óculos na mesinha de cabeceira, ajudas-me a ir busca.los?

a limpeza da alma?


Hoje vou abrir o guarda roupa da alma e fazer uma fascina. Deitar fora o que já não uso ou porque não serve ou até passou de moda e arranjar mais espaço para coisas novas. Vou limpar tudo direitinho porque sou propicia a alergias, e o pó irrita-me não só a pele como a própria alma que hoje está no papel principal. A limpeza da alma? Onde é que eu já ouvi falar disto? Vou deixar os laços que me fazia guardar apenas por guardar e deixar ficar apenas as melhores lembranças e algumas não tão boas mas que serviram de lição e me abriram caminhos para ser melhor. Vou abrir as gavetas e doar coisas antigas que já não servem nem no meu corpo nem na minha cabeça, vou doar para a vida e ela que faça bom proveito. Não dou o que já está estragado, dou aquilo que já não me liga à terra e me faz infeliz, e quem sabe se a minha infelicidade não é a própria felicidade da vida. Não digo que sim nem que não, ela vai saber aproveitar tudo aquilo que lhe dou, e olha que não é tão pouco quando isso, mas também não é tudo, senão ficava vazia e não sinto que esteja preparada a renovar a alma desde o zero. Encontrei um pequeno baú que escondia desde os dias de criança, quem sabe se não revelo alguns dos segredos que outrora eram tabus? Hoje já cresci já não tem mal abri-lo para vocês, alguns segredos porque outros vou trocar a fechadura do baú e subitamente esconder a chave (até eu própria me esquecer, e lembrar só quando tem de ser, pum pum pum pum.). Nesta arrumação toda encontrei um pedacinho de um pó que nunca soube o nome, o pó que se acumula quando não se passa o pano. Esta mudança ainda não foi radical, diz-se que a coragem nem sempre é o meu forte, por isso, algumas das coisas vão permanece exactamente no mesmo sitio, nem sequer ouso tira-las do lugar, afinal foi à custa de tempo que as guardei por isso posso dizer que são minhas.
A alma está limpa, pelo menos durante um dias, meses ou até anos, não sei quando volto a entrar em fascina. Depende de como ela se comportar. Sim eu não quis dizer desde o inicio, mas este filme não te um fim previsto, e a personagem principal ainda tem muito texto para interiorizar.

day fuera 術語

alma... ...fuera de plazo. ...aus der zeit. ժամանակից դուրս
من الوق ...out of time.
след изтичане на срока 沒有時間了 for sent
hors du temps te laat fuori del tempo 時間がなくなって din timp несвоєчасно
nje ya wakati FORA DE PRAZO.

24horas.

domingo, 25 de julho de 2010

Dilema: Tudo ou nada.

O apelo de seguir Cristo deixa-nos perante um dilema: escolher tudo ou nada. Não há meio termo. Apesar de surpreendidos por uma bruma de hesitações, desejaríamos escutá-lo quando Ele nos diz: «Vem após mim. Vou conduzir-te às fontes da água que jorram sem parar, as fontes do Evangelho.»
Deus de amor, por vezes sentimo-nos desconcertados pela violência ou por situações demasiado duras. Mas, mesmo no meio de grandes dificuldades, o teu Espírito Santo faz germinar a bondade de coração, o perdão e a paz.

E gostaríamos de escutar a tua voz quando, humildemente, nos dizes:

«Preciso de ti, daquilo que tu és, para que o meu amor possa irradiar no mundo.»





sexta-feira, 23 de julho de 2010

CHANGE.

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''Eu não quero que lhes falte nada.''- disse ela. Eu apenas sorri, mas hoje sei o que é que ela queria dizer com isso. Quando em sonhos a vi partir ela acrescentou: ''Estarei sempre ai a teu lado, quando não vires as minha pegadas na areia, não duvides eu peguei-te ao colo.''. Em dias não senti a sua presença e não compreendia de todo porque me tinha abandonado quando mais precisa dela, quando ainda era uma frágil criança de apenas doze anos. Hoje dou por mim a sonhar o dia em que entras-te na luz e olhas-te para trás para te despedir, uma brisa forte me acariciou o rosto eras tu a dizer que me amavas, um cheiro a rosas fresco pairava no ar eras tu que querias que o usa-se como instinto, a chuva caía lentamente para me acariciar a mão que tinha estendido para a sentir eras tu, o sol brilhava em simultâneo eras tu, ouvia sons vindos de longe como passarinhos a cantar, eras tu. Eras e sempre serás tu que me ilumina nas noites em que me sinto só, nos obstáculos do caminho fechado lá ao longe, na vida que me mostra cada vez mais desilusão. És Tu que estás aqui a fazer os meus dias valer a pena e é a ti que eu quero continuar a ver nos meus sonhos e sentir-te quando estou acordada. Tu.
Quando acordei ela não estava lá, mas deixou escrito um bilhete a dizer que me amava. Guardei-o na caixinha com batimento constante que acelerou no mesmo instante, cerrei os olhos e voltei a adormecer desta vez o sonho não voltou. Amanhã antes de dormir tenho de abrir a doce caixa para ter sonhos cor de rosa.

Shiiiiiiu, ela está a dormir como um anjinho, em pezinhos de lã para não a acordar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Felizes os que amam o Senhor!! Salmo 118 (119) - 07.10

Felizes os que amam o Senhor,
Felizes os que andam seus caminhos,
Felizes são os pés daqueles
Que vivem e anunciam a verdade.


1. Felizes aqueles cuja vida é pura
E caminham na vontade do Senhor;
Felizes os que observam Seus preceitos
E O procuram de todo o coração

2. Promulgaste, Senhor, os Vossos mandamentos,
Para serem observados fielmente,
Oxalá se firmem os meus passos
Na observância da Vossa lei.

3. Mostrai-me, Senhor, o Vosso caminho
Para que eu o siga na fidelidade,
Ajudai-me a obedecer à Vossa lei,
E a guardá-la de todo o coração.

Fátima - parte 2

(parte 2)

Lembro-me de adormecer a chorar, não creio que fossem as saudades do beijo da mãe de boa noite mas de saber como tinha os pés, com receio de não conseguir chegar até ao fim depois de ter ultrapassado as duas etapas que diziam ser as mais difíceis.Adormeci. Quando ainda os pássaros se escondiam na madrugada fria toca os despertador, eram horas de acordar, estava na esperança de acordar como na noite anterior, cheia de força de vontade de querer andar, mas a dores foram mais forte, lembro-me de acordar e sentir que não tinha dormido nada, o meu corpo doía e tinha vontade de chorar, pela primeira vez. Disse para a Sofia - ''Sofia as dores são tantas que nem consigo evitar o choro'' e ela diz - ''Não te preocupes, eu ontem também chorei não é vergonha nenhuma, chora para aí rapariga.''. Não consegui evitar, arrumei as minhas coisas sempre a lacrimejar, chegada a hora de descer ainda a chorar pedi à Magda que me refizesse o curativo e tentava evitar chorar, mas não consegui, passei despercebida para alguns mas outros que já o fazem à tantos anos não me pediram para parar, nunca me vou esquecer de duas pessoas que vieram ter comigo e me deram força, o Bruno que se virou para mim -''Sabes tu estás a fazer aquilo que eu gostava de ter coragem para fazer muitas vezes, chorar faz bem, chora para aí.'' e a Dona Leonor que disse - ''Chora, um peregrino que é peregrino chora. Chorar faz bem.'' O durante algum tempo caminhou comigo mesmo com o meu silêncio, ela não exigiu uma palavra, deixou-me chorar até me passar. O Zé preocupado com o que passava era evidente mas apenas me perguntou se estava bem, de resto continuou o caminho a meu lado, disse o que eu precisava ouvir. Depois de um aquecimento lá consegui dar corda ás sapatilhas e no dia em que pensei que me ia custar mais consegui superar a dor e andar como acho que nunca antes tinha andado, sozinha com o meu ipod lá ia eu em passo ligeiro, não queria parar por me estar a sentir tão bem a andar. Agradecia a Deus e a Nossa Senhora a força que me tinham dado, eu meditei em pensamentos enquanto nessa noite rezávamos o terço e pedi-lhe força para continuar o caminho, eu não queria desistir. E não foi preciso pedir muito ela atendeu o meu pedido e deixou-me fazer o percurso ligeiro pelo menos até à hora do segundo pequeno almoço, depois disso os músculos já ressentiam mais um bocadinho. Paragem para almoço e recebo uma surpresa, os meus pais, não estava de todo à espera foi bom depois de uma manhã como aquelas receber um abraço apertado deles. Preparativos antes de voltar ao caminho, massagens, cremes, curativos tudo a que tínhamos direito e retomamos a nossa tarefa, que desse dia era chegar a Pombal.
Aquelas rectas assustavam-me, eram intermináveis. CREDO! Do meu lado só ouvia o João dizer -''Não tens vergonha? Anda mais depressa, anda.'' (respirei fundo contei até dez na esperança que se cansasse do meu lento andar e avançasse mas não, ora me empurrava, ora me puxava, ora me dava o braço e me fazia andar mais depressa.) Hoje admito que secalhar era lento de mais, até o Sr. Fernando gozava comigo o que não era difícil, até ele me empurrava com a sua bengala. Por outro lado também era induzida em erro, ''oh é já ali, está a ver aquela recta? pronto mais uma igual e uma curva e já estamos lá.'' mas não era nada disso, era bem mais!! Mas tinha de ser e estava convicta, se tinha chegado até ali havia de conseguir chegar ao fim. Chegados a pombal estava na hora de me despedir dos meus pais e dizer até amanhã, só queria um banho de banheira e descanso para a última etapa. Mal entramos no quarto o nosso espanto foi tal, aquele 'luxo' todo apenas por umas horas NAAAO! Seguimos para o andar de cima e as condições eram outras, o quarto dos rapazes não tinha sido renovado, hehehe, o Zé lá pôs mãos à obra e depois de jantar era obra mesmo, com muito jeitinho lá me conseguiu tirar o liquido todo que tinha nas quê, 500 bolhas? isso não sei precisar mas eram muitas, conseguiu encher uma seringa média para o João regar as plantas. Pés ligados e já ia eu para o andar de baixo a desfilar, nem parecia a mesma, deitei-me mais descansada e adormeci de imediato. Reconheço que a persistência de todas pessoas que me acompanharam nesse dia tinha sido para eu conseguir. Terceira etapa concluída.
Ao acordar no ultimo dia, o verdadeiro dia, sentia que tinha dormido o meu sono de princesa, e os meus pés estavam muito melhores comparados com os da noite anterior, nessa noite não acordei a chorar mas a pensar no pequeno almoço que se seguia. Há hora marcada lá estavamos todos prontos para entrar na recta final, uns bebiam licor beirão tal era o seu entusiasmo outros ficavam a olhar. E lá comecei eu a andar bem posso dizer, mas foi só a primeira meia hora, os meus pés começaram a inchar de tal maneira que o meu passo ficava cada vez mais lento e eu sem tomar consciência. O zé foi falar com a Dona Leonor para ela fazer de minha terapeuta e me ajudar, lá ia conseguindo até que numa paragem o meu amigo que hoje não sei o nome. peço desculpa mas para mi vai ser sempre João, deu duas de letra comigo e fomos partilhando histórias, nessa manhã fiquei a conhecer melhor aquelas pessoas fantásticas que nos foram acompanhando durante estes dias de sacrifício, partilhei segredos, confições e senti-me mais leve mas sem conseguir andar mais depressa, até que alguém lhe ocorreu que talvez fosse das sapatilhas que se tornavam pequenas para os meus pés inchados. O João ( o verdadeiro) prontificou-se logo a emprestar-me uma sapatilhas dois ou três números acima, e não é que era disso que eu estava mesmo a precisar? Foi o meu remédio para conseguir chegar ao fim do percurso, depois de nessa manhã ter andado de braço dado, aliás de dois braços dados, de receber uma rosa com muita amizade, de ter chorado e do João ter gozado imenso comigo, de ter ficado com tanta raiva dele e lhe ter recusado os morangos que foi apanhar para mim e para a Sofia, depois de tudo isso eu conseguia andar normalmente e como antes nunca tinha tinha andado. A hora da chegada estava próxima, e eu não cabia em mim de tanta felicidade, ia conseguir, faltava pouco já conseguia ver o santuário ao longe. Todos juntos rezamos o terço enquanto percorríamos os últimos 5 km de peregrinação, nem tanto acho. Cada vez me sentia melhor e pensava que Deus me ajudou a conseguir, Nossa Senhora não me deixou desistir os amigos que criei e outros que já tinha e que vi que eram verdadeiros amigos que me acompanharam, me fizeram rir, me deram força, que acreditaram em mim era com eles que fazia sentido entrar naquele santuário. À entrada tinha o meu pai a olhar-me emocionado, gostava de poder ler-lhe os pensamentos nesse momento, a minha mãe permanecia em silêncio e eu entoava um cântico de nossa senhora, coloco o primeiro pé no santuário e tudo o que era dor havia desaparecido, sentia-me leve como um pássaro. Quando lá cheguei nem pensei o quanto tinha custado, era como se tivesse começado naquele momento, olhei o rosto de nossa senhora singelo e dócil, agradeci-lhe e pedi-lhe por quem amo. Abracei a minha mãe e o meu pai, olhei o Zé a Sofia e o João e disse: - ''Conseguimos.'', o meu pai acrescentou, ''Obrigado filha és a minha heroína, nunca pensei, obrigado por esta alegria.''. Não agradeças a mim, mas a todas as pessoas que que tornaram isto possível, todas elas acreditaram em mim e me ajudaram com uma palavra amiga quando mais precisei, um raspanete quando precisava de o ouvir, um abraço quando me sentia em baixo, que tratou de mim quer físico como psicologicamente a eles podes chamar heróis, a mim chama-me filha e vamos embora que tenho saudades da minha cama. Adeus nossa senhora, para o ano por esta hora espero que me encontres por cá.

Um obrigado seria pouco, ao Sr José que nos acompanhou passo e passo sempre no auxilio de mantimentos, a D. Olga, a Magda, o sr. ''João'', D. Leonor e a irmã, Bruno, Sofia, Irene, Jota P., Sr Fernando e a mulher e todas as outras pessoas que não sei precisar nomes mas que fazem parte de um experiência que nunca irei esquecer, nunca mesmo.

Difícil de explicar, acreditar e escrever fácil de crer. Deus ouviu a minhas preces, ele caminha lado a lado comigo e hoje eu tenho a certeza disso. Se um dia cheguei a duvidar, esse dia não volta mais. Estou pronta e decidia a segui-lo de coração aberto, ele desenhou o meu caminho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010



''Eu fui e adorei.'', ''Lembras-te daquele dia em que... espectáculo.'',''É tudo psicológico, as dores, as bolhas tudo.'' Já estás inscrita,vê se começas a treinar.'', ''Tu não tens o hábito de andar a pé? (...) Tu consegues!'', ''Não vais lá chegar és maluca.'', ''Eu não acredito que aguentes, tens a certeza?'' - Tenho, não vou desistir e vou conseguir.


Não vou negar que da boca saía 'vou conseguir', 'vou lá chegar', 'vocês vão ver, vou entrar no santuário ao pé coxinho vão ver', mas cá dentro a incerteza pairava, todas aquelas perguntas faziam parte do consciente, será? é difícil? etc mas mesmo assim senti que tinha de o fazer por vontade própria e seguir em frente. A azáfama que antecedeu o derradeiro dia foi para que tudo desse certo, pedi conselhos a quem já tinha ido para que nada faltasse, programei tudo com a devida antecedência e o dia chegou. O descanso que precisava durante o dia e para acabar assisti à Eucaristia para receber a bênção, o coração palpitava que não ia ser fácil mas a hora tinha chegado e lá estávamos nós desta vez sem atrasos com as mochilas já na carrinha de apoio que ia ao nosso encontro no dia seguinte. A lágrimas do costume, mãe e pai que mesmo duvidando deixaram-me partir confiando-me a quem me ia acompanhar naquela caminhada.
Estava curiosa como tudo ia funcionar, a organização, a amizade que se cria, os obstáculos, os caminhos, a noite, o frio, os pés tudo. Pés a caminha e começou a nossa primeira etapa que teve inicio por volta da meia noite de sexta-feira dia 14 de Maio, o dia em que Bento XIV veio ao norte de portugal, porto. De Gens começamos a andar noite dentro fazendo as devidas paragens de 5 minutos para descansar, comer qualquer coisa que aconchegasse o estômago, as barras energéticas no Zé, as maças que pesavam na mochila e lá íamos nós, para quem vai de novo é tudo uma descoberta nunca sabia quando íamos parar, onde estávamos se o próximo passo era difícil nada, apenas o que ouvia dizer ( acreditem que muitas das vezes me assustava interiormente), a paragem para o almoço na 'Branca' (espero não me enganar) foi como se já estivesse a andar à 10 dias sem parar, não sentia os pés, já e doía tudo e aparentemente só tínhamos andado cerca de 40 km, até lá o passo já era retardado, até lá chegar houve um momento que pensei para mim em desistir, não compreendia tanto sacrifício sem motivo, pois se nem promessa tinha porquê continuar? Mas algo me fez prosseguir caminho e chegados à paragem para o almoço deixei o pensamento negativo para trás e quis chegar até ao fim. Pronto para voltar a andar , ainda com tempo para fazer um euro milhões prosseguimos rumo a albergaria a velha que ia ser a nossa primeira paragem de verdadeiro descanso depois de andarmos 16 horas. Desde a branca a albergaria só me lembro de estar sempre a perguntar,falta muito? quando é que chegamos? vocês disseram que eram 10 minutos. Então? Por fim chegamos ao motel onde passamos a primeira noite, a sensação de descalçar as sapatilhas foi ''O MEU DEUS, este não são os meus pés tenho 3 bolhas...'' e ao meu lado só ouvia, eu não tenho nada, ai que bom nem uma bolha, brrrrr que sortudas eram as minhas companheiras de quarto. E digo que sorte tive eu com elas as duas, não podia ter escolhido melhor. As chamadas da praxe antes do deitar e por fim lá estava eu com os pés ao alto pronta para começar a dormir ainda com sol lá fora visto serem cinco da tarde.
O relógio toca e nós ainda dormíamos mais um bocadinho, mas tinha de ser toca a tomar o pequeno almoço e pôr pés ao caminho. Ainda de noite e com um caminhar razoavelmente aceitável acompanhei o grupo todo enquanto rezamos o terço, ritual que cumpríamos todos em grupo todos os dias da caminhada, enquanto o fazíamos os passos eram acelerados e a hora rendia mais, depois disso era mais complicado. Mas a etapa proposta para o segundo dia tinha de ser concluída, e lá estamos nós a trabalhar para isso, o meu rendimento já não o mesmo do primeiro dia começava a ficar para trás para o fim do grupo o que trouxe de bom foi conhecer novas pessoas, aquele senhor por quem guardo grande carinho mesmo indo ele sempre a gozar com o meu sexy andar e me chamar mariquinhas e coisas do género, para mim de nome 'João' eu sei que não é esse o nome dele mas era o que eu ouvia quando o chamavam, ele era como o pastor das ovelhas não deixava ninguém ficar para trás, era sempre o ultimo. O almoço neste dia foi diferente, quem é que passa na Mealhada e não faz uma paragem para comer o verdadeiro leitão? Eu fazia isso, mas nesse dia tive de esquecer toda a filosofia da comida saudável e comer um pedacinho de leitão acompanhado por um golinho de vinho verde (ice tea) para angariar forças para a tarde. Nesse almoço a família foi lá ter, admito que sou um pouco mimada e soube bem tê-los do meu lado, mas longe de mim contar-lhes o quanto me estava a custar, para eles eu estava na maior e era fácil, era a imagem que eu queria passar e acho que consegui, era mais difícil saber que eles pensavam que o sacrifico é muito e já havia pensado em desistir. Acabada a hora do almoço seguem-se as despedidas para uns e um até já para outros que iam ter connosco mais à frente. O calor era abrasador, bebia água como nunca antes tinha bebido, os pés doíam, mas era tudo psicológico como dizia o Zé que não me largava sempre a caminhar lentamente a meu lado, foi uma grande ajuda para este dia de caminho. Na manhã desse dia ensinou-me um jogo com gesto e parecíamos dois malucos a ver quem o fazia melhor, lembro que essa manhã não tinha sido dolorosa, eu corria, saltava, cantava e estava feliz, mas feliz mesmo por estar distraída. Há tarde já não era bem assim, nas calmas lá ia eu, o João a dizer a adeus às pessoas e inventar gestos para que os camionistas apitassem, mas dava resultado arrancar um sorriso era verdadeiro. Entre dificuldades e obstáculos lá chegamos nós a Coimbra e a segunda etapa estava concluída. O ritual habitual antes de ir dormir com a excepção do jantar que nos foi levado directamente do MC DONALD'S, vida boa. Quando olhei para os meus pés não era capaz de acreditar que tinha andado tanto com os pés naquele estado, a Magda que era enfermeira que nos acompanhou durante os 4 dias sempre ao serviço de quem precisasse de auxilio tratou de rebentar uma bolha que era a mais preocupante e ligar o pé de modo a impedir que não voltassem a crescer. Fui dormir a mancar como nunca, sem saber como devia apoiar o pé, lá me deitei com um bocado de custo mas virei-me para a almofada e adormeci profundamente.

(continua no próximo post...)

terça-feira, 20 de julho de 2010







O medo assusta-me. Acordar no meio da noite sobressaltada e espreitar pela frincha da porta quase fechada e ver que estão bem, o respirar é contínuo, o ressonar silencioso, sentir aquele aroma de sono profundo e pensar que o sobressalto não tinha razão de ser. Acordar de manhã descansada depois de uma noite de sono controlada, abrir o estore com cuidado para vos ver acordar devagarinho, ajudar a levantar e escolher a roupa deste dia, preparar o pequeno almoço com pão fresquinho barrado com manteiga e uma chávena de café a fumegar, levar-lhe o jornal para que não sinta os seus hábitos mudados de um dia para o outro, ligar a televisão para que se sinta acompanhada e conversar um bocadinho, não custa nada e aconchega o coração de duas almas com idade bastante evidente e que de (mim) nós precisam cada vez mais. O sossego paira pela sala, lá dentro ouve-se o aspirador trabalhar e o espreitar desenvergonhado do sol ilumina a sala escura de luz natural. O tempo passa e com paciência os encaminho escadas abaixo para o almoço, estava bom aquele arroz de polvo magenta, o tempero era o certo e vocês sorriam enquanto davam uma trinca um num pêssego bem maduro a seu gosto e outro na pêra pequena e 'bastante saborosa' - como professa.
O sol já vai alto e na televisão não dá nada que agrade, vou até ao recanto mais recatado e recente da casa e lá estão um em cada cama a ''descansar''. Mas a cama não é a melhor solução, avó reza o terço e eu junto-me a ela para ver como o faz, devia seguir o seu exemplo e fazê-lo todos os dias, o avô distrai-se com sei lá o quê, descontrai apenas enquanto observa o horizonte. Apetece-se pegar neles pela mão e mostra-lhes sítios encantadores mas tenho aquele receio de que alguma coisa aconteça e que eu não esteja à altura do problema. Assusta-me! Mete-me medo. Mais um dia chega ao fim e tudo se repete, a mesma azafama do jantar e do deitar nada muda, apenas as histórias que lá vão sendo diferentes e o melhor é que os faz esboçar um sorriso. Xixi e cama. Boa noite meus velhinhos, muah muah. Aconchego-vos a roupa e subo as escadas directa ao meu blog. Escrevo como foi o dia tranquila porque este já passou e mais se avizinha, esta noite vou dormir descansada. Tranquila num sono que à muito não tenho direito. Será?
Apenas tenho uma vontade a partir do dia que hoje já acabou e já vai madrugada dentro, um dia de cada vez porque a velhice assim exige fico feliz por cada dia que chega ao fim e sim o vosso silêncio num sono profundo interrupto pelo batimento cardíaco suave. Agora é a minha vez. Boa noite!! ( boa noite medo, boa noite!)

"Por que é que as coisas que podiam e deviam ter acontecido não acontecem?"


Dodologia, Clara Pinto Correia.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Alter Bridge "Open your Eyes"






I love the way I feel today
How I know the sun will fade

desde (...) a (...)


PASSAR MENOS TEMPO NA INTERNET, ELIMINAR O HI5 E POR CONSEQUÊNCIA O FACEBOOK, ESCREVER PELO MENOS UMA VEZ POR DIA NO BLOG, COMPRAR O MEALHEIRO E ABRI-LO QUANDO ESTIVER CHEIO, IR AO CIRCO, NÃO IR AO MC DONALD’S E AFINS DURANTE 1 MÊS, TIRAR A CARTA DE CONDUÇÃO, VER OU REVER NO MÍNIMO 50 FILMES, VIAJAR SEM RUMO, FAZER PELO MENOS UMA LIMPEZA DE PELE, IR AO SPA, ACORDAR NA PRAIA COM O SOL A DAR-ME NA CARA, DORMIR NA RUA, FAZER UM INTERRAIL E/OU UM INTRARAIL, ASSISTIR AO PÔR DO SOL, (PRIVADO), USUFRUIR DE MASSAGENS RELAXANTES,(PRIVADO), (DES)APAIXONAR-ME, IR A UMA SEX-SHOP PELA PRIMEIRA VEZ, COMER MAIS COMIDA VEGETARIANA, RECEBER UM BEIJO DE BOA NOITE DO MEU PAI E DA MINHA MÃE, MANDAR ARRANJAR A MINHA MÁQUINA FOTOGRÁFICA, TER O SMART QUE TANTO QUERo, JUNTAR DINHEIRO, COMPRAR MAIS ÓCULOS DE SOL, ENTRAR NA FACULDADE, COMER PELO MENOS UMA PEÇA DE FRUTA POR DIA, SER MAIS ESPONTÂNEA, (PRIVADO), COMPRAR UM TELEMÓVEL TOUCH, ACTUALIZAR O MEU I-POD, COMPRAR UM COMPUTADOR NOVO, ARRUMAR AS GAVETAS DA ROUPA, SER MENOS PREGUIÇOSA, CORRER á CHUVA COM OS PÉS DESCALÇOS, COMPRAR UMA AGENDA E ESCREVER TODOS OS DIAS, PINTAR PELO MENOS 3 QUADROS (1),(2),(3), SER MENOS PREGUIÇOSA, VER MENOS TELEVISÃO, ADORMECER DE PERFERENCIA ANTES DA MEIA NOITE, IR A TAIZÉ, INSCREVER-ME NUMA ACADEMIA DE TEATRO, SURPREENDER OS MEUS AVÓS, DAR UMA ALEGRIA AOS MEUS PAIS, IR A FÁTIMA A PÉ, FAZER GEOMETRIA, LER MAIS, OFERECER UMA ORQUÍDEA À MINHA MÃE, OFERECER UMA GARRAFA DE WISKY AO MEU PAI, FAZER FESTAS Á CHINGUILLA, BRINCAR COM A LAIKA, OUVIR MAIS MÚSICA, IR A UM MUSEU, ANDAR DE BICICLETA, PERDER 5 KL, COMER MENOS GOMAS, BEBER UM 1,5 DE ÁGUA POR DIA- TODOS OS DIAS, IR AO GINECOLOGISTA, DIZER MAIS VEZES GOSTO DE TI ÀS PESSOAS QUE GOSTO, PENSAR ANTES DE FALAR, faLAR BAIXO, ACORDAR CEDO, SAIR MAIS PARA DANÇAR, REVELAR MAIS FOTOGRAFIAS, PASSAR UMA SEMANA NA ALDEIA, ACAMPAR EM VILA FLOR, IR A UM FESTIVAL DE VERÃO, SER SURPREENDIDA, TER UM JANTAR ROMÂNTICO, IR MAIS VEZES AO CINEMA, IR A UM ESTÁDIO DE FUTEBOL VER A SELECÇÃO NACIONAL, VER O BENFICA SER CAMPEÃO, FAZER ALGUMA COISA POR ALGUÉM, IR MAIS AO TEATRO, COMER CHOCOLATE COM MODERAÇÃO, DEIXAR DE BEBER COCA-COLA, IR AO MÉDICO DAS ALERGIAS, COMPRAR UMA COISA SÓ PORQUE ME APETECE, PROVAR SUSHI, VESTIR-ME DE BANANA NO CARNAVAL, FAZER TRANÇAS NO CABELO, ANDAR DE PÁRA-QUEDAS , VISITAR-TE, (PRIVADO), COMPRAR MAIS LINGERIE, DAR 5 PRESENTES INESPERADAMENTE, GUARDAR 1 SEGREDO, (PRIVADO), APRENDER A TOCAR GuITARRA E/OU PIANO, COMER UM LIMÃO INTEIRO, ABRAÇAR UM DESCONHECIDO, SER MAIS COMPREENSIVA COM O PAPI E A MAMI, COMPRAR UMA MELISSA ROSA CHOQUE, SER MAIS COMPREENSIVA E GRATA, IGNORAR-TE, DEIXAR DE COMER BATATAS FRITAS, DIA, DAR MENOS ERROS, ESTUDAR MAIS, FAZER EXERCÍCIO REGULARMENTE, FAZER BOLINHAS DE SABÃO SEMPRE QUE ME APETECE (GOSTO TANTO), IR DIRECTA AO ASSUNTO QUANDO ASSIM EXIGE, IR ATE BARCELONA, PARIS E ROMA, ESTUDAR UMA CATEDRAL DE CIMA A BAIXO, FAZER UM PIQUE-NIQUE, ARRUMAR OS ARRUMOS, COMER MAIS IOGURTES, DEIXAR A PIZZA E LASANHA, ESCREVER UMA MUSICA, DAR UM MERGULHO NO MAR COM A ÁGUA GELADA, NADAR, NADAR E NADAR, JOGAR FUTEBOL NUM CAMPO DE RELVA, PINTAR O MEU QUARTO, ANDAR A PÉ, RIR-ME (AINDA MAIS), CHEGAR A HORAS, REPRESENTAR PARA MUITA GENTE

domingo, 4 de julho de 2010



Bom dia, domingo de passarinhos melodiosos.

Lá fora ouvem-se os passarinhos cantar, a tranquilidade que exercem sobre a mente deixa-me ávida mesmo não tendo dormido nada esta noite. Depois de alguma tentativas falhadas, voltas e voltas dei na cama, até que repousei sobre o meu puff para não acordar quem dormia um sono sereno e profundo, nem um ruído se ouvia, apenas o som da calma madrugada amena que se fez sentir esta noite. Agora já com os raios de sol a querer espreitar escapando a cortina magenta mal fechada, medito sobre mais um dia. Diferente, como todos os outros. Mergulho-me de dúvidas de como vai ser este dia, diferente dos outros. Uma coisa vos garanto é Domingo e para este lados alguém vai conceber matrimónio, as buzinas ensurdecedoras não param, rua acima, rua abaixo. Mais um. Bom dia!