sexta-feira, 23 de julho de 2010


''Eu não quero que lhes falte nada.''- disse ela. Eu apenas sorri, mas hoje sei o que é que ela queria dizer com isso. Quando em sonhos a vi partir ela acrescentou: ''Estarei sempre ai a teu lado, quando não vires as minha pegadas na areia, não duvides eu peguei-te ao colo.''. Em dias não senti a sua presença e não compreendia de todo porque me tinha abandonado quando mais precisa dela, quando ainda era uma frágil criança de apenas doze anos. Hoje dou por mim a sonhar o dia em que entras-te na luz e olhas-te para trás para te despedir, uma brisa forte me acariciou o rosto eras tu a dizer que me amavas, um cheiro a rosas fresco pairava no ar eras tu que querias que o usa-se como instinto, a chuva caía lentamente para me acariciar a mão que tinha estendido para a sentir eras tu, o sol brilhava em simultâneo eras tu, ouvia sons vindos de longe como passarinhos a cantar, eras tu. Eras e sempre serás tu que me ilumina nas noites em que me sinto só, nos obstáculos do caminho fechado lá ao longe, na vida que me mostra cada vez mais desilusão. És Tu que estás aqui a fazer os meus dias valer a pena e é a ti que eu quero continuar a ver nos meus sonhos e sentir-te quando estou acordada. Tu.
Quando acordei ela não estava lá, mas deixou escrito um bilhete a dizer que me amava. Guardei-o na caixinha com batimento constante que acelerou no mesmo instante, cerrei os olhos e voltei a adormecer desta vez o sonho não voltou. Amanhã antes de dormir tenho de abrir a doce caixa para ter sonhos cor de rosa.

Shiiiiiiu, ela está a dormir como um anjinho, em pezinhos de lã para não a acordar.

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