sábado, 12 de julho de 2008

Maria João Magalhães

Posso nao ter um corpo fenomenal
E até ser desigual
Mas não me podem fazer sentir mal
Por nao ser uma top model nacional
Posso nao ter as medidas certas
Mas sei ser racional
Pode não ser o importante para eles
Mas para mim é o essencial
Sei que o que querem não está no meu exterior
Mas eu dou valor
A quem me tenta conhecer no interior
Posso não ser bonita
Mas isso não me irrita
E mesmo assim tenho quem me imita
Posso até ser feia
Mas a minha vida está cheia
E a minha alma não me fez arrepender de o ser
Crio entraves a quem deseja beldades
Pois sei que não a solução da vossa equação
Mas dou que pensar a quem passa na rua
E me inveja com o olhar
Posso nao ser o dom da beleza
Mas sou engraçada por natureza
Tenho o sentido de humor apurado e muito invejado
Mas tem vezes que é sensurado
Posso nao andar de saltos altos para empinar o rabo
Mas paro os olhar de cima e com elas fazer uma rima
Posso não ter dinheiro no meu mealheiro
E nem ter uma conta bancária recheada
Mas para que é que isso importa?
Se tenho a vida alinhada.
Não tenho pena de não ter estas ‘qualidades’ pois sou dotada de outras vaidades
Sou como sou e gosto de mim assim, perguntam se mudava alguma coisa?
Assumo que sim, não no exterior
Quem muito quer parecer tudo pode perder
Até podia ambicionar ter as formas ideais, mas não para ter homens a comer.me como cereais
Mas sim para ser um desafio maior
Para cada um que tentasse cruzar o seu caminho com o meu
Sou o que sou e se nao gostas vira a cara, fui predestinada a ser invejada.

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