quinta-feira, 4 de março de 2010

Fechei os olhos e adormeci.


Era apenas mais um dia, não digo de sol porque não o fazia, lá fora a chuva incerta caía o vento fazia-se sentir era mais um dia de inverno que eu me enrolava no cobertor e via o fogo aquecer uma sala vazia de espirito e gelada de sentimento, queria fechar os olhos mas uma força teimava em fazer crer que não! Mantinha-me de olhos abertos e nao se entendia porquê, aquele ambiente não era agradável a olho nu. Apetecia-me everedar no mundo dos sonhos, e deixar fluir a fantasia que envolvia o brilho do olhar daquela singela criança que brincava á chuva como se não houvesse amanhã, por escassos momentos fechei os olhos, não estava lá o que eu queria, o ambiente triste e sombrio da casa vazia fez-me verter uma lágrima. Não sei se era do frio que me gelava os ossos ou do sentimento enfadonho que me envolvia naquele preciso momento. Queria poder descrever o que estava a sentir, mas não era obvio como a fogueira que ardia e me tornava quente, aquele sentimento era estranho e diferente nunca teria sentido nada semelhante. Quebrei a corrente do olhar e deixar de chorar, virei o rosto ligeiramente para a esquerda e pus-me a sonhar acordada como uma criança que anseia por um doce, sonhei como seria se tudo seria na minha mente de criança adolescente! Cruzei os meus caminhos, aos daquela criança que lá fora ria de satisfação, ela nao temia o mundo ela sentia-se feliz não tinha medo de sentir o apagão nem tão pouco sonhava com desilusão, tentei ver tudo com aquele olhar positivo de criança, com sorriso por momentos imaginei-me a correr num prado de papoilas vermelhas com os meus pés descalsos e a beber agua fresca que a mãe natureza oferecia, agradecia aquilo com o olhar centrado no céu e acredita que era uma dádiva. Fechei os olhos num acto de cansaço, mas o sorriso estava lá presente, a chuva continua a cair insistentemente e o zumbido do vento fazia uma melodia tenebrosa, verguei-me para apanhar o sorriso e tudo estava diferente, tinha eu regressado daquele paraíso, olhei pela janela e a criança já la nao estava, caminhei com a dor suportada no corpo, deitei-me sobre o aconchego do sofá e cobri-me até á ponta do nariz gelado, fechei os olhos e adormeci!

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